Dr. Luiz, fale-nos sobre sua formação, especialização e trajetória junto à SBCP.
Fiz Medicina na UNICAMP (SP) e me formei em 1989. Na mesma instituição, fiz a residência em Cirurgia Geral (concluído em 1991) e Cirurgia Plástica (concluído em 1994) no serviço do Dr. Cássio Raposo do Amaral. Fiz especialização em reconstrução mamária no CAISM-UNICAMP, concluído em 1995, no serviço do Dr. Edwald Merlin Kepkke. A seguir, cursei o Mestrado em Cirurgia (1995) e Doutorado em Cirurgia (1998), ambas pela UNICAMP.
Na SBCP, fui aprovado como Membro Especialista em 1993 no Congresso de Curitiba e como Membro Titular em 1995 no Congresso de Brasília.
Trabalhei com o Dr. Cássio Raposo do Amaral nos primórdios da SOBRAPAR e também na implementação de Informática em Medicina, auxiliando o jornal eletrônico OJPS. Eu sou formado em Engenharia Eletrônica na UNICAMP em 1983 e fiz vários trabalhos em informática médica, entre 1992 e 2005, com o Dr. Cássio e o Dr. Sabbattini. Trabalhei também com o Dr. Merlin Keppke, entre 1994 e 2007.
A partir de 2008, fixei-me em Marília onde atuei como professor de Cirurgia Plástica na UNIMAR, entre 2003 e 2015 e na FAMEMA, entre 1995 até o presente momento.
Como chefe do serviço credenciado da Faculdade de Medicina de Marília, qual é a estrutura atual e principais atividades exercidas aos residentes do serviço?
A FAMEMA conta com três hospitais distribuídos na cidade. O HC1 é onde atendemos a maioria dos pacientes. No HC2, atendemos as mulheres e as crianças. Já no HC3, atendemos especialidades como Otorrinolaringologia, Dermatologia e Oftalmologia.
Os residentes tem cinco períodos de cirurgia com anestesia geral e cinco períodos de cirurgia ambulatorial. Temos um posto avançado onde atendemos queimados com curativos especiais. Nesta estrutura, realizamos a maioria das cirurgia propostas na matriz de competência, com exceção de cirurgia de mão, microcirurgia e cirurgia craniofacial.
Qual a importância da participação dos residentes nos eventos científicos da SBCP?
É importante que os residentes aprendam a discernir as cirurgias bem indicadas e bem fundamentadas que são discutidas nestes eventos. Hoje, a Cirurgia Plástica encontra-se refém das redes sociais onde impera a distorção e o ilusionismo praticado por muitos elementos cuja única intenção é atrair pacientes com falácias e divulgações de padrão duvidoso. Os residentes, pela sua imaturidade, se iludem com isso e correm o risco de se desviarem para este caminho. Acho que cabe à SBCP colocar um basta nesta caixa de Pandora, a começar pelos residentes.
Quais seriam as sugestões de temas da Cirurgia Plástica estética e reconstrutiva para os próximos eventos neste ano de 2023?
Sugiro que os temas sejam apresentados com resultados mais consistentes, com técnicas consagradas pelo tempo. Não tem sentido dar valor a técnicas muito modernas que, depois de um curto tempo, são abandonadas para dar lugar a outras mais mirabolantes ainda.
Aproveito a oportunidade para convidar a todos a conhecer nosso serviço!