Entrevista – Dr. Rodrigo Motta

A arte na cirugia e na pintura.

Dr Rodrigo Motta conta como a cirurgia plástica e a pintura navegam na arte.

1. Dr. Rodrigo, fale-nos sobre sua formação e trajetória junto a SBCP.

Fiz a minha especialização no serviço da Irmandade da Santa Casa de São José do Rio Preto e obtive meu título de especialista em 2007. Após isso, fiz um estágio de reconstrução mamária na equipe da cirurgia reparadora do Hospital A.C. Camargo, sob supervisão do Dr Alexandre Katalinic Dutra. Em 2018, publicamos a sua técnica de lipoaspiração laser assistida em alta definição, na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.

2. De que forma as artes plásticas passaram a ser uma atividade profissional?

Eu pinto desde os 11 anos, mas apenas como hobby e, devido aos estudos, acabei deixando esta atividade de lado. Minha esposa é dermatologista e resolvemos investir em uma clínica nova e decidi que iria pintar minhas telas para nosso novo consultório; seria apenas isso. Mas aí veio a pandemia. Devido ao estresse de ficar com consultório fechado e sem previsão de retorno rápido, mergulhei nesse universo e assumi isso como um segundo ofício. Além de ter uma válvula de escape, encarei uma forma de transformar isso em algo que pudesse ser contabilizado em meus recebimentos financeiros.

3. O que lhe atraiu, em termos de influência, para ser artista plástico?

Sempre gostei dessa sensação de ver algo aparecer conforme os traços vão criando corpo, inventar, significar imagens … Dentro da medicina, escolhi a cirurgia plástica, pois ela me aproximava muito dessa sensação e somente após a pandemia essa relação ficou clara para mim. Nas marcações cirúrgicas pré-operatórias, imaginamos como ficará a área operada e isso nos serve de guia para nossas intervenções. Quando pintamos, usamos a mesma sequência. Numa atividade, usamos o bisturi e noutra os pincéis …

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